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BallasCast – Episódio 66 – Buda: O mestre dos jogos (Parte 2)

EPISÓDIO 66 - BUDA: O MESTRE DOS JOGOS (PARTE 2).


Senhoras e senhores, ladies and geeeeeentlemans, madames et messieurs, ascensoristas e ascensoristos,


está começando mais um…


BALLASCAST…


MÚÚÚSICA!!!


Olá, olá, olá, seja vertiginosamente bem-vindo ao BallasCast, hoje eu vou continuar uma entrevista que eu fiz, muita legal, muito bacana com o mestre dos jogos, ele que dá aula na GV de jogos, dá aula na ESPM de jogos, a gente vai falar de jogos de tabuleiro, que são esses jogos que a gente joga em volta da mesa, não são jogos online, são jogos incríveis para adultos, inclusive.


Então vamos receber o nosso mestre dos jogos, Fernando Tsukumo, o Buda… Palmas!!!


(Música)


– Buda! Re-bem-vindo! A gente vai começar a segunda parte da entrevista, com você. Quem não viu a semana passada, vê, porque essa é a parte dois, a gente já vai começar do meio. Eu pedi pra galera do BallasCast, que é o grupo que a gente tem no Facebook, pra mandar algumas perguntas… Eu vou comentar uma pergunta que é da Mari Caramelo que perguntou “Como está o uso mercado de jogos de tabuleiro competindo com os jogos online, cresceu ou diminui?”


Olha que legal! Boa pergunta, Mari! Como está essa competição desleal dos jogos online, milhares e tal, contra os jogos de tabuleiro, físicos?


– De certa forma eu não entendo que compete muito, eu entendo, que na verdade, é muito mais complementar do que competição, porque eu sou um ex viciado em jogo digital, né?


– Ex viciado?


– Eu já muito viciado…


– Viciado, tipo… VICIADO?


– De perder todas as minhas horas livres pra jogo digital…


– Uau…


– E na verdade o que acontece é que eu passei pra jogo analógico, na verdade eu troquei um vício pelo outro…


– O que que você jogava e o que você passou a jogar?


– Eu jogava muito esses MMORPG, né? Esses mundos imersivos, gostava muito, e eu comecei a jogar jogo de tabuleiro e aí eu falo que a grande mudança, na verdade, não foi mudar de digital para analógico, mas foi mudar de jogar com qualquer pessoa pra jogar os jogos que eu queria, pra jogar qualquer jogo, pra jogar com as pessoas que eu queria… Então essa mudança pra mim foi muito significativa.


– Olha! Mudar dos jogos que você queria para as pessoas que você queria.


– É, e o mais louco Ballas, é que depois eu fui estudar um pouquinho mais sobre vício, né? E recentemente a OMS me incluiu, né? Em um dos distúrbios, né? Que você tem. E eu comecei a ver que, a saída de qualquer vício, ela se dá muito por essa via. Então Alcóolatras Anônimos, Narcóticos Anônimos, eles sempre tem um padrinho, que é o cara que vai juntar no cara pra trazer ele de volta pra sociedade, vai trazer conexão humana, porque no final das contas, o que fica patente nesse processo todo, é que NADA substitui a conexão humana, né? Então, ela é tão forte, que ela consegue tirar do vício, ela consegue tirar daquilo que você tem como alguma coisa que está muito exagerada!


– Que legal! Quem te tirou? Quem que te apresentou? Como é que foi a historinha?


– Foi um grandessíssimo amigo meu da Biologia, eu sou biólogo, né? Ele se chama Alemão!


– Alemão! Eu joguei com ele na sua casa!


– Exato! Foi ele!


– Ah, Alemão!


– E ele até hoje é um cara que me apoia muito, na minha empresa, ele sempre colabora, ele tem umas fotos incríveis que eu utilizo toda hora…


– Mas como foi? Ele estava um dia lá e falou “Ah Buda, você está jogando muito jogo online”, ou foi à toa “Ah Buda…”


– Foi uma festa da Bio, de amigos que não se viam a muito tempo, e eu encontrei ele… Aí ofereci carona pra ele ir pra casa dele, e quando eu estava chegando na casa dele ele “Olha, tem uns jogos aqui, diferentes, novos, você tá afim?”


Como eu sempre gostei de jogo de tabuleiro também, né? Eu falei “Topo”, fui e comecei a jogar, pirei no assunto…


– Na epoca você não jogava jogo de tabuleiro mais?


– Não mais, eu jogava muito pouco, eu passei pro digital e…


– E qual foi o primeiro jogo que ele te apresentou?


– Foi Carcasonne!


– Carcasonne, é um clássico, né?


– É um clássico, de quadradinhos! Você vai colocando, os quadradinhos vão encaixando e fazendo pontos, é bem estratégico!


– O que é muito legal, pra você que está ouvindo, eu queria saber de você também isso Buda, que tem vários tipos de jogos e que cada jogo tem um estilo, né? Então eu queria que você me contasse um pouquinho, isso que eu entendi quando você me explicou, mas assim, né? De quando você joga, você sabe. Porque claro, tem gente que gosta de jogos que são estratégicos, tem gente que joga os jogos fun, que é só pra se divertir, tem gente que joga os jogos coletivos, tem gente que joga os jogos que sou eu contra o outro… Tem vários estilos de tipos de jogo, tipo, tem jogo pra todo mundo. E isso que eu estou gravando esse podcast EXATAMENTE pra ser o Alemão de você que está ouvindo isso aí…


– Muito bom!


– Eu quero ser o seu Alemão!


– É… Eu acho assim, você falou muito do Casé, né? Daquela coisa que você teve no episódio passado, de tentar trazer o Casé pra jogar, né? É… Eu enfrento a mesma coisa, né? Então quando alguém que nunca jogou fala que vai pros jogos de tabuleiro, eu respondo “Mas é xadrez? Mas é WAR?”


– Sei…


– Ou sejam eles não tem a referência do jogo recente, né? Dos modernos! Então eu pergunto, quando ela fala “Eu não gosto de jogo”, “Mas qual jogo você não gosta?”


– Isso…


– Então essa é a ideia, né? Têm vários estilos, e algum estilo deve ter alguma coisa que você gosta, né?


– Sei…


– Então assim, os jogos que normalmente as pessoas entram nessa parte, são jogos festivos, que são os jogos que em geral, são dez pessoas, doze pessoas jogando ao mesmo tempo, né?


– São os party games


– Party games! Exato, né? E que normalmente, a gente chama também de jogos que “é mais legal de jogar quanto mais bêbado você estiver”, né?


– Olha… Essa é uma definição muito boa…


– É, então, e é uma ideia muito legal, porque muitas vezes você, ele, o jogo até tem um objetivo, mas as vezes tem uma coisa tão engraçada pra fazer, que você esquece do objetivo e põe aquela coisa que mesmo que não tem nada a ver, né?


– Sei… O Dixit se encaixa em party games?


– Sim, você troca… Muitas vezes você troca os pontos que você pode ganhar no jogo por uma boa risada, né?


– Legal! Legal! Eu falo de Dixit sempre, porque foi acho, talvez o primeiro jogo que eu conheci, eu sou muito fã. Eu já dei mais de vinte de presente, eu já indiquei pra muitas pessoas, pra mim é O jogo, um portal de entrada desse universo, e ele tem exatamente isso que você falou, que eu acho que é o incrível, que é… Você pode jogar bêbado, você pode jogar usando droga, você pode fazer o que você quiser, porque não tem problema… Não tem estratégia, não! Além de que ele é um jogo lindo, poético, bonito, bacana, você ri… Você pode bater um papo um pouco, enquanto você joga, então, a Mari Armellini, você falou do Casé, né? Que uma pessoa… Outra que, amiga minha, a Mari Armellini, atriz global, fazia “É Tudo Improviso” com a gente, era outra… “Ai Ballas, sinceramente não sou de jogos, sabe? Me chama pra o que você quiser, mas não…”


E eu falava “Mari, calma…”


E aí outro dia ela falou “Ah Ballas, comprei o Dixit…”


– É…


– Depois que ela jogou…


– O Dixit, nas oficinas que a gente faz no Sesc, ele é dos poucos jogos, acho que é o único jogo que eu dei e nunca ninguém gostou… DEIXOU DE GOSTAR… Sabe? As pessoas piram e normalmente tem essa reação que você tem. É um jogo, que a gente chama de jogo portal, que além de ser um jogo party game, né? Ele é um jogo portal, porque é um jogo que introduz muita gente no hobby.


– Ah, perfeito! Então me fala, você falou que part games são os jogos, esses festivos?


– Isso…


– Quê mais?


– Tem outras classificações também, por exemplo, jogos estratégicos, né? Que são esses jogos que tem a sua raiz lá no WAR, mas que hoje em dia são coisas muito mais interessantes, então pra quem é fã de Game of Thrones, tem um jogo só de Game of Thrones, onde eu chamo de jogo que “confia em mim que desta vez eu não vou te apunhalar de novo”, né? Então tem essa pegada! Numa outra classificação, a gente tem jogos corporativos e jogos competitivos. Competitivos são aquelas que a gente conhece naturalmente que ganha quem fizer mais pontos, ou de eliminar o outro, e o cooperativo que é uma coisa meio nova assim, de quinze, vinte anos pra cá, onde você joga contra o tabuleiro, então toda vez que você faz uma ação, você também, logo em seguida, joga pelo tabuleiro, pra que ele te ferre, né? Então a ideia é que todo mundo ganha junto, ou todo mundo perde junto. Então é um jogo muito legal pra você trabalhar uma coisa mais de times, você quer fazer um bom time, pode jogar um cooperativo…


– Tá todo mundo junto!  Eu joguei o Pandemia na sua casa, aquele sensacional, mega complicado, no começo voc~e fala “Meu…não tô entendendo nada”, depois… Que era isso, né? Todo mundo, e é muito emocionante, porque vai jogando, e a rodada… É um jogo que  você tem que bater, combater as epidemias que surgem no mundo…


– Exato!


– Tem o tabuleiro tipo do WAR do mundo e tal, e vai todo mundo jogando, e na minha vez, todo mundo vai palpitando e na vez do outro, vai palpitando… E chegou… Foi indo, foi indo… Eu lembro que a gente perdeu na ultima rodada, eu falei “Nããããããooooo”, dá um desespero… Mas é muito legal isso, né? Essa coisa do cooperativo, todo mundo junto tendo que ou ganhar ou perder, e tem também os competitivos, que são esses que você falou e imagino que esses os de competição, né?


– É, e aí aparecem das formas mais diferentes possíveis, né? Como eu falei tem aqueles que tem um confronto mais direto, e tem aqueles que você tenta ter a melhor performance pra poder ser melhor que o outro, então existem várias formas de competição.


– Legal!


(Música)


– Eu vou pra mais perguntas do BallasCastDaniele Soares, falou “Ah, vi um TED dele, esse cara é demais, só manda abraço.”


Ah, legal! Viu o TED do Buda, Fernando Tsukumo, um TED, qual… O tipo do seu TED é?


– Coisas que você aprendeu jogando e nunca percebeu!


– Olha, coisas que você aprendeu jogando e nunca percebeu! Tem que ver esse TED, porque ele fala da filosofia do que tem por trás dos jogos, tá lindo o TED dele! Geovanna Moraes “Manda um abracito“, um abracito, tá mandando um abraço! Ah, uma pergunta aqui… Werlyson Silva pergunta “Gostaria de saber se o umbigo dele é pra fora ou pra dentro?”


Ah meu Deus do céu!


– Bom, eu sou gordo, né? Então como todo gordo o meu umbigo é pra dentro, agora você está perguntando do Buda de verdade, eu não vou saber responder…


– Meu Deus! Alessandro Massayuki Nakatani “pergunte também se ele gosta de comida libanesa, se ele prefere kibe ou se é mais tabuleiro… hahaha”, Alessandro, você está me ouvindo muito, os trocadilhos ruins são meus, para… E vai… Vai fazer outras coisas Alessandro, se não as pessoas vão te odiar, que nem me odeiam até hoje. Paulo Ricardo Scoleze Ferrer “pergunte se Deus joga dados com o universo”, uau… O Buda deve saber… Deus joga dados com o universo? Tem jogos mais filosóficos, assim, mais…


– Tem!


– Tem?


– Tem… Tem alguns jogos assim… Tem um jogo que é um dos meus preferidos, é um… Chama Tokaido


– Tokaido? Sei qual é! Que tem os canos do… Você tem que montar um… Não é um dos pandas, dos ursinhos?


– Não, esse é o Takenoko!


– Takenoko… Tá! Takenoko!


– É o mesmo autor, inclusive… Que é o Antoine Bauza… Antoine Bauza ele se caracteriza muito porque ele é um francês que adora fazer jogo de temas japoneses… Tem um de samurai, o Hanabi é dele, que é aquele que, que é de fogos, né? E ele tem esse Takenoko, e tem o Tokaido. O Tokaido é uma viagem pela estrada mais, a estrada principal do Japão, que existe até hoje, que é a principal linha de trem do Japão inclusive, que é no Japão medieval, e ganha quem tiver a melhor experiência de viagem. Então não ganha quem chegar primeiro, mas ganha quem tiver a melhor experiência de viagem…


– Olha! Que bonito isso!


– Então ele é um jogo mais, que eu gosto muito, pelo lado poético da coisa, ele tem uma pesquisa histórica muito legal, então um dos personagens é o maior pintor do Japão, que é o Hiroshige, que faz aquelas pinturas verticais que a gente vê em restaurante japonês, né? Mas é isso! Eu acho, eu gosto muito porque ele é um jogo que não é pra você ficar correndo, é pra você tentar fazer a melhor experiência… Claro que é tudo muito simbólico, mas tem essa coisa muito gostosa de jogar, né? Agora eu não sei, essa coisa de Deus joga dados, já tem tantas frases, né? Inclusive, eu não sei quem que respondeu, falou que Deus joga dados, mas eles estão viciados, né? Então, acho que tem toda… Todo um pensamento. É uma ótima pergunta, né?


– Pergunta pro Google, oh Paulo Ricardo Scoleze Ferrer, o famoso Kaká!


– Kaká!


– Legal, né? Inclusive pra gravar essa entrevista, originalmente eu fiz um podcast sobre jogos, falando, tal, tal, tal… E aí eu falei “Putz, vou pedir uma declaração do Buda tipo por WhatsApp“, “Buda, me fala alguma coisa legal”, e o Buda mandou, aí eu falei “Nossa, ótimo”, aí ele mandou mais uma, “Nossa, essa ultima também”, aí ele mandou mais uma, e eu falei “Nossa, essa ultima também”, e eu falei “Nossa, são todas tão legais, que eu acho que merece fazer mais episódios para as pessoas saberem”, porque é o que eu falo, é tão legal, é tão bacana, é pra adulto mesmo… Isso é uma coisa que eu estou tentando convencer as pessoas, porque quando se fala em jogo, muitas vezes as pessoas falam “Ai tá, meu filho adora, é legal, é incrível, cada mês eu dou um jogo novo para os moleques na minha casa…”


Mas assim… Não é só para crianças, estou falando de jogos de adultos, jogos pra você chamar a sua turma em casa, tomar bebidas, se embriagar, ou não tomar, se você não gosta de beber… Não importa! Mas você sentar em volta da mesa, bater papo, falar sobre a vida e jogar, debruçar sobre um jogo, e é divertidíssimo, é incrível… Uma coisa que é muito legal que eu não acostumei, e que é uma coisa que acontece muito aqui, que a gente joga o jogo e tal, tal, tal, aí “Que horas são?”, “Uma da manhã”, “Caceta! Uma da manhã? Nossa… Eu achei que, né?”


Porque quando a gente joga, a gente entra no jogo, o tempo, como qualquer coisa incrível que você faz, né? O tempo ele vira uma outra coisa, né? A gente abstrai, perde a noção do tempo, e eu falo que um jogo é incrível quando a gente não sabe que horas são, né?


– É o que as pessoas chamam de flow, né? Estado de fluxo…


– É…


– Então você entra, você começa a ler um livro, aí “Ah, eu vou ler só mais um capítulo”, quando você vai ver, está amanhecendo já, né? Você fala “Putz”. Aí você percebe que a coisa é boa, né?


Os jogos de tabuleiro tem muito disso. Então eu marco oficinas com a turma, a gente já marca algumas oficinas juntos, né? Aí o pessoal fala “Quanto tempo? Duas horas?” , “Não, duas horas não dá pra nada, assim…Então faz assim, bota seis horas”, “Ah, seis horas é muito tempo”, “Tudo bem, então põe quatro, mas deixa duas horas, caso você queira mais”. E sempre a gente chega em seis horas e o cara fala “Putz”…


– Eu lembro de quando eu fui a primeira vez na sua casa, a gente marcou era, sei lá, acho que duas da tarde. E eu marquei uma coisa seis e meia, quer dizer, pra mim eu tempo sobrando, quando deu cinco e meia, eu liguei pro meu compromisso das seis e meias e falei “Eu não vou”, e eu acho que eu fiquei uma seis horas, e ainda saí mal porque eu tinha que buscar a minha filha não sei aonde… Porque realmente, claro que se você for jogar com seus amigos, não se preocupe, você não precisa ter seis horas, você pode jogar, tem jogo que dura dez minutos, tem jogo… Aquele Love Letter, que a gente faliu, que você chegou até… Tinha me dado a dica… São jogos de cinco minutos, três minutos, você faz uma rodadinha,  três minutos. Você quer jogar mais, você faz mais! Mas assim, também não precisa ter esse medo de que “Ai não,  demora muito tempo”, “Ai, não consigo ficar muito tempo sentado”, não! Tem jogos de todos os tipos, tem jogos que duram quinze minutos, tem jogos que duram quarenta, cinquenta minutos, e tem os jogos que se você quiser sentar, que duram várias horas e vários…


– É, as seis horas não é pra tempo de um jogo, mas é pela vontade de jogar mais, né?


– Isso! Bem observado. Até porque nesse dia que a gente jogou, a gente jogou cinco ou seis jogos diferentes, né? Novos! Eu queria, a gente tá falando do jogo da vida pessoal, que é o que me interessa mais, mas eu sei que você trabalha muito no universo corporativo, e eu queria saber de você, porque eu faço oficinas de improviso nas empresas, né? Então eu trago a vivência dos jogos de improviso, do cara co-criar, do cara fazer, brincar, né? Trazer a brincadeira, o jogo de improviso no, na empresa… E eu percebo que é muito bacana, as pessoas saem muito tocadas, as pessoas saem muito assim… Felizes das oficinas, como é que é especificamente oficinas de jogos que você faz dentro das empresas?


– Pra começar… Ninguém mais aguenta palestra, né? E a palestra não gruda! Então o que se tem feito é ter trazido mais vivências, mais coisas pra experimentar, pra que a pessoa possa mudar ou trazer aquilo que está sendo trabalhado, né? Então eu sempre falo que tem dois níveis de entendimento, né? Um que é o entender, que é racional, é cognitivo… E o sentir, né? E o sentir é o que na verdade, fala mais direto com a tua parte inconsciente, né? Se a gente entende que 95% das nossas ações diárias são inconscientes, pensa no que você fez de manhã até agora, né? Quantas você realmente pensou em fazer aquilo. Você vai fazer no automático, né? E isso que acaba minando as relações, por isso que eu falo que os jogos de tabuleiro é pra trazer melhores relações, né? Porque na verdade a gente usa pra, como recortes do que está acontecendo no escritório, tá acontecendo no ambiente de trabalho…


– Sendo prático, se o time está ruim, não está se entendendo, tá a pesquisa de clima do time foi ruim…


– É… Aí a gente dá um jogo cooperativo, e aí eles não estão se entendendo, e aí eles não continuam não se entendendo… Porque eles já não se entendem fora, não vão se entender dentro também…


– Sei…


– E aí eles perdem o jogo, na hora que eles perdem, eles falam “Poxa, a gente tem que mudar”, e a gente provoca a reflexão, né? Pra ele falar “Eu tenho que mudar o meu modo de agir”, e muitas vezes também, a gente deixa eles jogarem de novo, pra que eles joguem de uma maneira mais cooperativa, experimente essa nova maneira de agir e veja os resultados disso, né? Então quando você tem um resultado melhor porque você agiu de uma maneira um pouquinho diferente, uma maneira melhor, isso fica… Então se eu te falar 7 a 1, todo mundo sabe o que é… Todo mundo sabe em que momento estava, onde estava, o que estava fazendo, né? Então essas memórias ficam muito fortes lá. Então eu falo, pra quem assistiu Divertidamente , que a grande reflexão ela vem da Sadness, vem da tristeza, não vem da Joy, que é a Alegria, né? Então se eles perdem um jogo, isso fica, e aí eles ficam diariamente lembrando disso, e vira uma referência pra que ele mude o comportamento dele…


– Uau… Muito legal, e aí o cara aprende fazendo ali também, né?


– Exatamente, eu acho que do mesmo modo que no improviso também ele aprende a se soltar mais, porque ele percebe como é legal isso, né? Também no mesmo jogo lá, que não é um jogo de improviso, ele também vai perceber outras coisas também…


– Muito legal. Muito legal. Buda eu queria aproveitar pra encerrar, já que você é japonês… Eu queria que você falasse algumas coisas em japonês e como eu fiz muitos cursos, eu sei muito de japonês, eu vou fazer a tradução…


– Ah eu também, eu sou um baita expert em japonês…


– Você é expert também?


– Eu sou incrível…


– Pô, então vai falando aí… Vai, fala e eu traduzo…


(Japonês)


– Foi muito prazeroso estar aqui…


(Japonês)


– Eu semana que vem, eu volto…


(Japonês)


– O meu nome é Fernando Tsukomo


(Japonês)


– Ah, essa você acertou…


– Acertei?


– Acertou!


(Japonês)


– Você tem que achar o seu próprio caminho…


(Japonês)


– Seu caminho pode ser o caminho da esquerda ou o caminho da direita…


(Japonês)


– Se por exemplo, amasse o seu carro…


(Japonês)


– Você vai fazer o que?


(Japonês)


– Ah, vou consertar…


(Japonês)


– E sendo assim, a gente aqui…


(Japonês)


– Muito obrigado pela sua presença…


(Japonês)


– E a gente se vê…


(Japonês)


– Aqui no…


(Japonês)


– Ballas…


– Cast…


– Cast!


– Fim do episódio… Arigatô!


 


Muito bem, muito bem, muito bem, chegamos ao final de mais um episódio (AAAHHH), mas na segunda feira que vem tem mais (EEEHHH).


Muito bem, se você gostou dessa entrevista, você pode entrar no BallasCast, que é o grupo que a gente tem do Facebook. Eu vou deixar várias recomendações de jogos, eu vou pedir pro Buda deixar indicações de jogos lá. Então entra lá, é só você pedir a sua aprovação que eu aceito você rapidex… Muito obrigado, na semana que vem a gente vai ter mais episódios que o assunto não esgotou, tá muito legal, vai lá, compra o seu jogo, não deixe de comprar o seu jogo…


Vai na caixinhaboardgames, vai na galápagos, vai na internet, vai onde você quiser….


Porque…Games is Life… Life is game!


Kwkrng cejrge]


Elrrlçb jeje pojgope


Thank you very much


And see you next Monday


Bye bye!