a
a

EPISÓDIO 100! (Murilo Gun)

EPISÓDIO 100! (MURILO GUN).


Senhoras e senhores, ladies and geeeentlemans, madames et messieurs, ballascasters e ballascastars... Está começando o episódio comemorativo, número 100 do BallasCast… PALMAS!


(Música)


Ah! Olá, olá, olá, sejam centésimalmente bem-vindos ao BallasCast, para você que está ouvindo pela primeira vez, welcome for the first time. Para você que vem toda semana aqui, welcome again-and-again-and-again! Re-bem-vindo ao BallasCast!


Para você que está ouvindo pela primeira vez, eu tenho uma dica para você. Pega um outro episódio e ouve, porque esse episódio vai ser comemorativo! Vai ser várias coisas muito auto centradas, serão várias piadas internas, você não vai, provavelmente achar nenhuma graça e vai desistir do BallasCast, é tipo casamento, que você só gosta quando você é amigo do noivo ou amiga da noiva, senão é um inferno, né? Foto de filho, né? Quem tem filho sabe! Só você acha legal, o outro acha…


“Olha, pega e dá uma olhada no Mateus“, não… “Não quero olhar o Mateus!”


Né? Tipo um sonho, né? “Eu tive um sonho e eu preciso te contar”, “Conta cacete”, o sonho do cara é um inferno, não acaba nunca… Então assim, esse não indico, vai para o 3, vai para o 12, vai para o 28, vai para onde você quiser, porque esse episódio, sinceramente, é para quem já acompanha a gente. Mas se ficou por aqui, bem-vindo, bem-vindo, bem-vindo…


E hoje eu estou muitomuitomuitomuitomuitomuitomuito feliz, porque vai ser o episódio de número 100. eu nunca imaginei que fosse chegar no 100!


É verdade! Você grava assim, achando que, claro, você não acha que vai parar no 3, mas assim, no 10, no 12, no 20 vou dar uma desencanada… E não rolou isso, né? Então eu estou muito feliz que a gente está gravando aqui no Teatro Eva Herz, com a galera da esquerda (EEEEEHHHH), direita (UUUUUUHHHH), todo mundo (EEEEEEEEEEHHHHHHHHHHHH), espero que não tenha estourado o ouvido de você, que está ouvindo aí…


Antes da gente começar, duas coisas muito importantes…


Primeira, eu queria comunicar, compartilhar com vocês que o BallasCast está na lista dos 17 melhores podcasts do Brasil (UUUUHHHHHLLL)


É muito legal isso, saiu na revista, que é uma revista chic, que quando eu fazia Propaganda, meu sonho era sair nessa revista, eu nunca saí, obviamente, mas agora eu saí pelas beiradas.


Essa lista foi feita pelo Mauro Segura, que é diretor de marketing da IBM, olha isso, alguém da IBM acha que eu faço alguma coisa boa!


E se ele acha isso, quem sou eu para discordar, mas a verdade é que eu  fiquei muito feliz, ele precisa ouvir outros podcasts, com certeza tem melhores que o meu, mas se ele achou, está achado, eu fiquei muito, muito, muito feliz!


E segundo, já queria agradecer de saída, senão depois eu esqueço… Duas pessoas que fazem o BallasCast, semanalmente…


Primeira delas é Talita Anjos, minha assessora que faz tudo, nos bastidores… Pode bater palmas pra ela também!


E a segunda pessoa, que é o editor… Porque ninguém vê ele, mas ele está lá em Brasília, ele tem que ouvir essa minha voz fanha toda semana… Ele edita, sonoriza, decuopa, cola, pergunta “Ballas, você não vai mandar o da semana?”, porque eu sempre mando de ultima hora, mas ele é um dos co-responsáveis por isso, uma salva de palmas pra ele… Sancler Miranda!


Então agora sim, vamos começar o episódio de hoje, vamos ter perguntas para o convidado, vamos ter perguntas da galera do grupo do Facebook, vamos ter perguntas da galera do ao vivo, vamos ter um monte de coisas, e para isso, vamos chamar ele aqui, que é um monte de coisas ao mesmo tempo.


Ele é humorista, ele faz stand up, comediante, ele já foi comediante do SBT, ele é palestrante de criatividade, ele estudou na Singular University, que é uma escola que só mistura o Google e NASA, ele é fundador e sócio da Keep Learning School, que é uma escola foda online, ele tem milhares de alunos, ele é meu amigo pessoal, mentor de certa maneira desse podcast, então eu queria chamar ele, filósofo, louco, gênio, Wesley Safadão cover, vem pra cá… MURILO GUN!


(Música – Palmas)


– Murilo Gun, bem-vindo Murilo Gun!


– E aí velho? Tudo em ordem?


– Murilo Gun, eu queria começar com uma clássica, eu qeira saber se alguém perguntar para você, quais são as suas habilidades? O que que você falaria Murilo? Como você responderia?


– Então, eu sou um cara dinâmico, dedicado, organizado, centrado, ágil, versátil, flexível, criativo, proativo, decisivo, comunicativo, comprometido, extrovertido, mas não sou metido! Eu sou agregador de valor, adaptável mudanças, focado em resultados! Tenho facilidade para trabalho em equipe, espírito de liderança, bom relacionamento interpessoal e pensamento sempre positivo, exceto quando eu estou esperando o resultado de HIV. Então na minha carreira eu sempre busquei dividir responsabilidades, subtrair as diferenças e somar os esforços para multiplicar os resultados. Eu adoro encarar desafios correr riscos e cumprir metas, minha grande qualidade é a ética e o profissionalismo, meu maior defeito é ser meio perfeccionista, e mesmo assim, com tantas virtudes, me mandaram embora da ultima empresa só porque eu roubei um notebook, um só… Tinha um monte! Mas eu não fiquei desempregado, eu fiquei disponível no mercado de trabalho, num processo de reposicionamento estratégico, buscando recolocação profissional, e eu virei humorista e meu trabalho agora é pensar um bocado de coisa inútil, que vocês não tem tempo para pensar, porque estão fazendo algo útil… Espero hoje, poder atender as expectativas, porque não vou poupar esforços para alcançar meus objetivos. Muito prazer, Murilo Gun!


(Palmas)


– Eu acho isso incrível, a primeira vez que eu vi, eu… “Nossa, como é que uma cabeça, consegue pensar nessa coisa?”, você pensou isso para a internet, para texto, ou pra…


– Não, então… Qual a história para esse… Eu tenho 5 textos assim, que tem essa característica de ser longo, muitas palavras, bem jogo de palavras e tal… E a minha estratégia com eles, era o seguinte, no stand up tem um lance de que a piada, a mesma piada de novo não tem graça, né? Eu digo no stand up, porque na comédia mesmo, de personagem assim, muitas vezes Zélezinho da Paraíba, contador de piadas lá do Nordeste, é tão engraçado o jeito que ele conta, né? Que mesmo você sabendo o final da piada, você ouve de novo, porque tem tanto trejeitos no meio, tem tanta resenha, que é engraçado. O meu stand up, pelo menos, não tinha essa característica… Então o engraçado era a conclusão, o engraçado era a expectativa do final e tal, ou seja, só podia ouvir a piada uma vez… Eu fiquei pensando o que que faria uma pessoa querer ouvir uma piada de novo. Primeira coisa, a jornada ser engraçada, não ser engraçado só na conclusão, e segunda coisa, ela não saber contar… Alguém sabe contar essa minha piada? Ninguém sabe contar…


– Ah… Olha… Não dá para reproduzir?


– Entendeu? Então, eu criei vários assim que são bem complexos, que era o meu texto que, ele é bom, e que já faz 13 anos que eu repito esse texto, abrindo qualquer evento meu… Ou seja, 2 vezes por semana, eu faço há 13 anos isso… E quem ouviu, ouve de novo! Se você ouviu, 13 anos depois, ouve de novo! OK, né? Legal ouvir de novo!


– Adoro! Eu adoro!


– Alguém já tinha ouvido isso?


– Quem já tinha ouvido levanta a mão…


– Você acha um saco ouvir de novo, ou é legal? Legal, né? Legal ouvir de novo, que ninguém sabe, entendeu? Aí é legal!


– Muito bom! Me fala uma coisa, deixa eu aproveitar a sua expertise nisso, e você outro dia, né? Me apresentou para uma roda de pessoas, a gente foi num evento juntos, corporativo, lá no RD Summit, e tinha uma roda de pessoas e você fez uma introdução e eu achei muito interessante, porque o Murilo é um cara bem fora da curva e bem diferente, então normalmente as pessoas me apresentam de um jeito, eu queria que você fizesse uma apresentação minha, que que você… Como é que você me apresentaria para alguém que não me conhece? “Ah, Ballas é isto, é isto, é isto, é isto, é isto e é isto…”, mas assim, meio séria mesmo, digo…


– Eu diria que Ballas é um cara que trabalhou durante grande parte, que o primeiro trabalho dele foi  na papelaria da família dele, ficava vendendo papel lá e cobrando dinheiro e tal, e ele tinha um sonho de ser palhaço, e que loucura um sonho de ser palhaço, ele resolveu enlouquecer atrás dessa porra, e foi atrás de um palhaço fodão na França… Ficou perseguindo o cara, atrás do cara, para o cara ensinar e o cara pegou e aceitou ensinar pra ele… E aí depois ele foi para a Angola, para a África inteira, e ficou ajudando as crianças como palhaço, e aí Doutores da Alegria, e médicos da alegria, sei lá… Ou seja, um trabalho social de palhaços… Voltou para o Brasil e foi o cara que foi o pai do gênero de improviso teatral cômico popular, que é o Barbixas, Improvável, esses jogos televisivos, “Tudo Improviso, vamos improvisar”, e aí virou apresentador de televisão, SBT, com jeito de palhaço, aí as empresas gostam dele, porque ele  vai nas empresas e ganha dinheiro pra caralho, fazendo nas empresas, não sei o quê fazendo essa coisa do começo aqui, igualzinha, ele faz em todas as empresas há 13 anos, todas as semanas… É o que valida meu texto, e é isso, esse é o Ballas… E hoje em dia ele é o cara que faz a conexão do mundo do palhaço com o mundo corporativo e é… Tem o BallasCast que tem 100 episódios!


– Sensacional! Palmas! Obrigado! Muito bom!


(Palmas)


– Murilo, você, você… A gente faz muito corporativo, trabalha muito com palestras de criatividade, você falou em ganhar grana, meu sonho é ganhar a grana que você ganha, e… Mentira! Assim, a gente vai no mundo corporativo e a galera, as vezes está precisando de um pouco de felicidade, né? De alegria! O que que acha que está precisando no mundo das empresas, assim nesse universo, você que circula bastante…


– Rapaz, eu tenho dúvida se é possível existir… Uma dúvida… Uma organização de pessoas, empresas com relação as pessoas, de mais de 1000 pessoas na mesma organização e com um nível de felicidade bom…


– Uau…


– Eu tenho dúvida se é possível organizar tantos seres humanos numa mesma organização, quer dizer, eu tenho quase certeza que não é possível fazer isso com o índice de felicidade alto, se a gente com essa lógica hierárquica, militar… Porque a lógica hierárquica militar do presidente, do vice presidente, coordenadores, gerentes… Essa lógica hierárquica, ela cria jogos de poder, jogos de poder… E esses jogos de poder, eles favorecem o ego, então na verdade fala-se tanto em criar o ecossistema, né? Criar porque a gente, nós somos o ecossistema, né? Todos nós juntos somos o ecossistema, com a natureza, nós somos a natureza… E nas empresas, eu ouvi um cara falando uma vez o que existe é o EGO SISTEMA, um sistema de egos distribuídos, e não ecossistema! O ecossistema, ele é assim, ele é redondo, ele não é triângulo, né? Então eu acho que nesse formato, não dá para ter felicidade, e o que eu vejo nas empresas, depois em eventos assim, eu vou conversar com as pessoas, aí depois eu já conversei um pouco com as pessoas, vai tomar um café, uma cerveja, a pessoa se abre mais… É muita infelicidade bicho! Porra, muita gente infeliz, muita gente…


– Agora, mesmo nas empresas tipo Google, Facebook? São empresas grandes, tem mais de 1000 pessoas…


– Não, eu tenho menos informações sobre essas… Eu sei que essas empresas, elas têm outras naturezas de problemas até, assim, que tem acontecido nos Estados Unidos agora, o Facebook, as questões de abuso… Abusos de poder também, né? Parece que o poder embriaga, né? Parece que você cria o organismo para ele ser cool, e não o quê, mas uma hora os jogos de poder embriagam alguém, e alguém escorrega nele, né?


– Pisa na bola! Se você pudesse escolher um dos super poderes… Voar ou ser invisível? Qual você escolheria e porque?


– Voar!


– Voar!


– Voar… Ser invisível é muito que, introspectivo, ser invisível, né?


– Mas você pode entrar num avião, ir para qualquer lugar…


– Mas é isso, eu estou participando da interação, entendeu? Eu estou invisível, eu não estou participando… É muito… Ser invisível é muito coisa de gente curiosa demais, que só quer ver as coisas e não quer dar as caras…


– É interessante, né?


– Eu quero voar, porque voar eu vou pros canto, eu não pego o trânsito agora, entendeu? Eu ficar voando em cima da ponte que quebrou… “Oh trouxa, eu estou aqui voando”…


– Se você fosse ser sócio só de uma dessas empresas, sócio mesmo… Tipo, sócio!


– Tá!


– Amazon, Apple, Tesla ou TV Manchete… Lembrando que a Manchete foi a única que fez a novela Pantanal! Qual dessas… Qual dessas você escolheria? Amazon, Tesla, Apple ou a TV Manchete, sei lá, qual delas te brilha os olhos, você fala “Nossa, eu queria ser sócio, nossa eu queria ser sócio”, é simples a pergunta, pode ser bem rápida a resposta, inclusive…


– Eu acho que uma coisa que me brilha os olhos é energia solar, eu tenho uma tara pelo Sol, tá ligado disso?


– Estou. Eu sei disso! Porque que você gosta disso?


– Não sei velho, eu gosto de Sol!


– Mas você é maior branquelo…


– É, mas eu gosto de observá-lo de longe, não gosto de contato, eu gosto de admirá-lo, tenho o hábito com a minha filha de agradecer ao Sol, e tem uma coisa também assim… E acredito na energia solar, muito forte assim… Eu acho que Deus deu pra gente, né? A natureza, sei lá, a terra pra gente plantar, né? E as plantas pra gente curar, os remédios também, os animais a gente comer, o ar pra respirar, a água pra beber, e o Sol para pegar energia… E o homem não entendeu, e fica cavando, porra… Não, brother! Tá vendo que Deus não ia botar um bagulho tão longe, preto, escroto, lá embaixo pra tu cavar no meio do mar? Que rolo! Isso não é um design inteligente, né? O design inteligente é botar uma fonte de energia infinita, wireless, o Sol é wireless! É o wireless! A energia vem sem fio, porra!


– Uau! O Sol é wireless!


– E aí a turma tá cavando, a turma tá cavando infinito, pra pegar um negócio preto, um rolo danado, entendeu? Então claramente… E Deus deixou a dica, fotossíntese! Fica a dica, fotossíntese! Deixei uma galera aí, pegando energia do Sol… Um monte de planta aí, se liga em como é que eles fazem… O homem entendeu a fotossíntese há muito tempo, e não sacou que era pra gente modelar isso aí e fazer…


– Uau, sensacional! O Sol é wireless? Eu achava que o ar era wireless, né? Porque o ar… Brincadeira! Mas antes sol do que mal acompanhado, estou aqui com, desculpa… Foram duas! Desculpa! Vamos lá, Murilo Gun, você foi parar na… Eu vou pegar um outro dia…


– Só uma coisa de Sol, que eu acho que é interessante…


– É por isso que eu chamei ele, porque o Murilo tem assunto sobrando, dá pra falar um podcast inteiro sobre o Sol…


– Não diz assim, uma coisa interessante é educação energética, assim… Educação com os nossos filhos, né? Educação energética, tipo assim, com que idade a gente descobriu que o Sol era fonte de energia? Eu acho que eu descobri com 12, 15 anos, sei lá… Que eu descobri que podia ter energia do Sol, porque até então a energia era da tomada ou da pilha, né? Rayovac ou tomada, e eu acho interessante a gente nos nossos filhos… A minha filha tem 3 anos, ela tem a clareza que o Sol tem energia, porque eu compro os brinquedos solares, que são os brinquedos que, eles quando batem… Tem o contínuo, né? Que bate o Sol e o negócio já roda, e se tirar do Sol acaba, ou eu busco bateria, que armazena! Então assim, todos os brinquedos com pilha, que a gente teve na vida, quase todos eles podiam ser movidos a energia solar, talvez uma ou outra situação, não… E quando a energia solar acaba? A pilha também acaba! E a diferença que quando a pilha acaba, você tem que ir na banca comprar… Quando a energia solar acaba, você vai na varando, a varanda é mais perto do que a banca! Você vai na varanda e deixa ele lá, o Sol batendo, api você tem e não gasta dinheiro, entendeu? E não tem que, a porra da pilhas, onde é que eu vou jogar fora a pilha? Cara, eu odeio pilha! Não, sabe porque? Porque ela sempre me fez falta quando eu preciso, a pilha…


– Isso é verdade…


– A pilha é foda, ela acaba e é difícil de comprar, ela é cara, e tem o lance do descarte… Cara, não dá pra jogar a pilha no mesmo saco das coisas, entendeu? A pilha é coisa que você não consegue, você se obriga a fazer a coleta, aí não sei onde é que é, toda vez que eu vejo lugar que diz que coleta pilha, eu falo “Porra, achei um lugar”, mas quando eu estou com a pilha eu não lembro que lugares são esses… Tem que ter um aplicativo pra encontrar descarte de pilhas…


– Um appilhativo!


– É, um appilhativo!


– Sensacional! Sensacional…


– Então pilha é foda, velho… E energia solar todo lugar tem, velho…


– Agora, Rayovac, Duracell, não vão mais contratar o Murilo pra palestra, depois desse podcast… Eu pessoalmente adoro, sou muito fã de pilha, tal…


– Como pode gostar de pilha?


– Não, eu sou fã só para pegar o trampo que você não pegou… Falam que o meu sonho é ser o segundo melhor palestrante de criatividade do Brasil, né? Porque o Murilo é o primeiro, eu quero ser o segundo assim, pegar todos aqueles trabalhos que ele não pega…


– É… O SBT tá na alma dele…


– Isso, é tipo SBT mesmo… Vice liderança absoluta! Assim, tipo “Não temos para o Murilo“, “Ah, mas tem o Ballas“, é metade, mas tô aí… Rayovac, estamos juntos! Murilo Gun, já que a gente está falando de definições, queria aproveitar já que esse é o podcast nº 100 para propor um desafio para você, um jogo, né? O Murilo Gun não é do improviso, então a gente vai tentar fazer um jogo que a gente faz no improviso, que é mais até um exercício, eu considero um exercícios difícil, inclusive, que é um jogo que a gente chama A VIDA É COMO… Então vamos ao momento jogo!


(EEEEEEEHHHHH)


– O nosso jogo chama-se A VIDA É COMO, então como funciona Murilo e ouvinte… Esse jogo é o seguinte, eu vou pegar um objeto do público aqui, aproveitando que temos aqui público ao vivo… O público vai falar um objeto e a gente aqui, cada um de nós alternadamente, vai ter que fazer uma analogia da vida com esse objeto, tá? Então vamos lá! Público presente, eu quero que alguém me fale um objeto qualquer, pode ser um objeto que você tem na sua casa, na sua sala…


– ABAJUR!


– A vida é como um abajur, do seu lado pode estar a grande luz!


(Palmas)


– Olha, esse é o pior de fazer com alguém… Pode sair melhor ainda… Fodeu! Sou eu… Quer fazer sozinho, prefere fazer alternado? Tá, vamos alternar vai, vamos alternar…


– A mesma palavra, não?


– Não… Outra, vamos pegar outra… Só vou repetir a palavra quando for pra, por causa do áudio… Um outro objeto? PILHA! Pilha… Boa, vamos lá! A VIDA É COMO UMA PILHA, UMAS HORAS É NEGATIVA, MAS OUTRAS POSITIVAS!


(Palmas)


– Outro, outro, outro… Outro objeto. Táxi? TÁXI! Táxi, táxi, táxi…


– A VIDA É COMO UM TÁXI, ALGUMAS VEZES É AMARELA COMO UM SOL, OUTRAS VEZES NÃO TEM UMA COR DEFINIDA POIS ESTÁ NUBLADO!


(Palmas)


– O importante eu falo nesse jogo, quando dou nas aulas… O importante é você acreditar.


– Acreditar… É tipo eu falando espanhol, entendeu? Tipo assim, eu não sei espanhol, mas eu acredito que eu sei…


– Daqui a pouco a gente vai falar espanhol aqui, ao vivo… Vamos lá, outro objeto! BÚSSOLA? A VIDA É COMO A BÚSSOLA, UM DIA CHEGA A MORTE, NORTE… A MORTE, NORTE… Tinha que ter um ruim, né? Pra gente… Mais um, mais um, não pode acabar num ruim… CHURRASQUEIRA, é isso? CHURRASQUEIRA! Obrigado, churrasqueira…


– A VIDA É COMO UMA CHURRASQUEIRA, SE DEMORAR MUITO QUEIMA!


(Palmas)


– Gente… Vocês estão muito bons! Outro, outro… AMPULHETA! A VIDA É COMO UMA AMPULHETA, O TEMPO, O TEMPO E O TEMPO…


(Palmas)


– É isso! Tem que fingir, tem que dar o tom… Daqui a pouco a gente vai falar espanhol, você que está ouvindo não saia daí… Vamos fazer um a pergunta…


– E o interessante é que o lance é a proteção, é a proteção do fracasso, né? Porque quando você fala que se ficar ruim a gente corta, mesmo que seja ruim, vocês aplaudem… Tudo isso, é você preparando o ambiente, para que o fracasso vire… E DAÍ?


– Exato!


– Foda-se, entendeu?


– Exato!


– Porque se o bagulho a turma vai gostar e tudo que é jeito… Basta fazer um lagarto no final que…


– É…


– E se ficar muito ruim corta, né? Então vamos fazer…


– É verdade! O que você falou… Inclusive é uma das coisas que a gente trabalha muito no improviso, é a questão do erro, do fracasso, do palhaço também, e assumir ele faz com que, muitas vezes o momento, que é o momento do fracasso reverta e seja o momento, né? O grande momento do sucesso, e a gente também vai aprendendo a conviver com isso e aprendendo a não sofrer com isso… Porque se o público sente o sofrimento, ele sofre junto… Se o público “Ah ele tentou, ele foi com tudo”, se o público vê afirmação, o público compra, ele bate palma, ele fala “Vai, você pode”, ele “Você vai conseguir”, e você vai mais uma e não deu certo, aí ele “Tenta de novo”, aí na terceira você consegue “Foi muito bom”, mesmo que você cagou duas inteiras, né? E aproveitando em falar de fracasso, você que é um cara muito exitoso hoje em dia, você lembra de algum fracasso seu, de momento ou de carreira, ou em algum show, que não deu certo, “Eu fui muito ruim, eu fui estranho”, alguma coisa que você…


– Cara, eu tinha um lance, porque eu acho que show, o stand up especificamente, é um negócio muito de ambiente certo no time certo, né? Quando eu fazia muito stand up para a empresa, a turma tem a mania de assim, não, não, vamos… “A gente vai colocar o seu show agora, no jantar, que é para descontrair”…


– Inferno!


– E aí de vez em quando, eu comecei a argumentar, depois de um tempo e dizer assim, o meu argumento era… “Olha, se você quer descontrair, o pré requisito para ver uma descontração, é haver uma contração… Se não houver uma contração, não tem o que descontrair… Então no ambiente do jantar, não há contração, o ambiente do jantar é descontraído por natureza, porque é a hora de comer, beber, e poder levantar aleatoriamente das mesas, a contração está na plenária, na palestra chata do diretor, é após ela, após a pior palestra que precisa da descontração”, se você pega o ambiente descontraído, que é o jantar, e você adiciona um descontração, você cria uma contração… Menos com menos, dá mais… Porque você…


(OOOOOOOHHHHH)


– A plateia gostou…


– Porque, está descontraído… Eu levanto, vou na outra mesa, pego a cerveja e tal… Tá de boa… Vou lá, converso com a galera, pego a comida, pego a sobremesa e tal, e aí de repente… “Pessoal, pessoal… Vamos ter agora um comediante aqui com vocês para dar uma descontraída… Com vocês Murilo Gun“, aí vocês não podem levantar mais, contraiu… Porque porra, o cara está fazendo as piadas, você vai ficar levantando?  Falando alto? Né… Tem que falar baixo… Mesmo que você esteja gostando do negócio, tirou uma descontração tua, que é um dos poucos momentos do evento da empresa em que tinha descontração e tirou… E botou contração… Aí tudo isso é para eu ir para a plenária, mas eu não consegui ir… Aí o que que eu falei, comecei a fazer stand up com PowerPoint, porque no restaurante não tem projetor,


– Ah, era uma boa desculpa…


– Aí eu preciso usar a plenária… Desculpa… Não foram na minha primeira conversa, vocês vão ter que ir nessa! E aí tudo isso para ter um ambiente melhor, então essa questão do ambiente e do time eu já me fodi em negócio de time, né? Por exemplo, uma vez uma rede de supermercados lá de Recife, interior, eles tinham assim, uns 15 supermercados, uns 15… E cada supermercado estava dando um carro 0km, no final do ano, naqueles sorteios que rodam aquele negócio lá… E aí ia ter esse evento em que os 15 ganhadores de carros 0km, iam vir para um lugar, para jantar com suas famílias, e os 15 carros lá, iam estar as 15 mesas com as 15 famílias e ia ter meu show. E qual é o problema? O problema é que para ter descontração, tem que haver contração… E o cabra que ganhou o carro, ele está descontraído pra caralho, entendeu? Ele está muito feliz!


– Pra cacete… Ele está muito feliz!


– Tem muita felicidade naquele lugar. O humorista não precisa de gente feliz porra, eu preciso de gente triste, porque se o povo não estiver triste, não tem muita função, entendeu? Então eu já me fodi, nesse dia eu me fodi muito… Porque as pessoas estavam “Porra, que que importa piada, eu ganhei um carro zero, estou aqui jantando, não precisa”. Então, eu já me fodi também em negócios de sorteio, né? O pessoal falou assim “Olha, vai ter um sorteio de um Ipad, de 2 Ipads, e depois você vai”, aí eu falei “Mas, o sorteio é o que? Só 2 Ipads? Beleza”, aí o cara sorteou um Ipad, sorteou outro, beleza… Aí daqui a pouco chegou o diretor e falou “Opa! Eu quero dar mais um sorteio, vou dar aqui, pessoal, meu… Vou dar agora um notebook”, aí deu uma coisa melhor, um notebook não sei o quê… E aí a galera “Sorteia mais um”, ganhou um notebook! E aí quando acabou o diretor “Opa, eu quero dar, pessoal, meu aqui… Uma viagem”, a galera não sei o quê… Cara, até que teve moto, aí depois teve carro, o vice presidente deu um carro, aí depois o outro vice presidente deu um carro com IPVA, com seguro…


– Com a esposa dele…


– Que caralho! Fodeu! Tem muita felicidade nesse lugar, a felicidade está subindo demais… E aí quando, depois de tudo isso, é ruim pra você entrar, porque todo mundo, está um clima muito… As moléculas, átomos, estão muito em movimento, entendeu? O negócio aqui está… Aí ninguém ouve você, né?


– Sensacional! Muito bom! Obrigado! Murilo Gun, pode bater palma!


(Palmas)


– Vou aproveitar esse nosso momento para pegar uma pergunta do grupo do Facebook, você que está ouvindo se ainda não se inscreveu no grupo do Facebook, o BallasCast, quem aqui esta, nessa plateia, no grupo do Facebook que a gente tem? Olha só, vários… Obrigado vocês! Eu vou pegar uma pergunta aqui, da Jéssica Vilela, Jéssica pergunta… O que você… Ah, faz você voz de Jéssica, Jéssica Vilela aqui, por favor?


“O que você falaria para o Marcio pré episódio 1, sabendo o que que você sabe hoje sobre o impacto do seu podcast?”


Acabou com a pergunta da Jéssica! O que o Marcio lá do episódio 1? Eu falaria, mano… Bota fé que vai chegar em algum lugar essa bagaça… Eu até não falei isso na introdução, eu esqueci, mas eu realmente não conhecia esse universo podcast, eu ouvi o Guncast, quando você fez lá atrás. E o Murilo Gun, sempre, além de ser meu amigo acompanha as coisas, porque eu vejo que o Murilo está sempre a frente, se eu estou atrás dele, eu estou a frente do pessoal que está na frente do atrás, entendeu? Então… Você está só um pouquinho mais a frente do que a galera, você está muito na frente, eu estou atrás dele, aí vou um pouquinho na frente… Aí ele falou “Ballas , tu tem que fazer o seu podcast”, eu falei “O que?”, “Podcast”, e eu já tinha caído nessa, que ele já tinha falado “Tu tem que fazer seu curso online”, e eu “Curso online, eu faço teatro Murilo, é improviso”, “Tem até pompoarismo online, tem que fazer”, lembra disso? Aí eu fui atrás e entendi essa coisa do podcast, que tem uma coisa muito interessante, né? Que eu fui descobrindo aos poucos, e eu confesso que eu já tive muitas vontades, muitos momentos de parar, porque o podcast tem um problema, entre aspas, que ele é semanal… É toda semana, toda semana, e chega uma hora que eu não, não tenho… No começo eu tinha muitas histórias, as histórias da minha vida… Chegou uma hora que as histórias da minha vida, as grandes histórias, começou a dar uma esgotada, aí vai pra isso… Aí começou, a quase dar uma escassez, né? De história, eu perguntei quando eu comecei até, para a Bianca Solero, que está aqui, na minha dúvida “Bianca, você acha que eu faço entrevista? Você acha aqui eu faço história? Você acha que eu falo falando de um assunto?” ela falou, “Vai fazendo”, e foi acontecendo, eu fui fazendo, fui fazendo, fui fazendo… Hoje, vira e mexe eu sofro pra conseguir fazer, mas… É bem clichê o que eu vou falar agora, eu ouço tanta gente que me escreve, que dá depoimento de que foi legal, de que gente que “Poxa, eu tive um insight”, que “Poxa, eu estou aprendendo pra caramba sobre isso, que realmente me motiva a fazer toda semana assim”, então eu diria pra você no episódio 1, vai faz que um dia você vai chegar no episódio 100 e ainda vai ter gente na plateia, e quem sabe quando você terminar de falar, quem sabe eles vão ainda bater umas palmas.


(PALMAS)


– Daniele Soares! É tu? Então pergunta tu!


– Isso! Isso! Gente, você que está em casa, a…


– Não faz sentido eu ler a pergunta da pessoa que está aqui, gente…


– Sensacional! A própria… Ela é fã, ela é do grupo do BallasCast, ela veio aqui no pessoal, ela deu pro namorado stories dela, e ela vai…


– Não… Ele não é meu namorado, não!


– Ah, desculpa!


– Não, ele é o cara de Viçosa!


– Ele é o cara de Viçosa… Bobear ela vai, no final, conseguir um final de semana free…


– Eu sou casada, pelo amor de Deus… Não!


– Com o marido! Com o marido! Com o marido, sem Viçosa, nem nada… Diga Dani


– Vamos lá, lê a sua própria pergunta…


– Vamos lá! A minha pergunta é sobre grana, se o perfil de vocês é mais gaste agora, porque a vida é uma só, ou poupe para um sonho de longo prazo?


– Uau! Uma pergunta financeira, é bom, porque eu sou judeu, é bem do meu… É do meu departamento! Curiosamente, eu sou daqueles que tem que dar uma poupada assim, e é engraçado que eu, dos 17 aos 27, quem me acompanha sabe, fui dono de uma papelaria, tal… Então eu trabalhava com comércio, e eu sempre aprendi a ter um pouquinho de poupança, eu nunca tive muita grana, quer dizer, tive uma epoca, mas aí tive três filhos, quer dizer, perdi tudo de novo… Aí, é… Perdi não, né? Eles estão aí, perdi a grana com os filhos? Não é isso! Você que está me ouvindo, meu filho, já grande, ouvindo papai… Quando eu comecei a trabalhar como palhaço e tal, vida de artista é assim, grana zero, menos um e tal… E eu comecei a conviver com vários artistas, e eu via que a galera além de estar menos um, não tinha nada esse hábito, se sobrar uma grana, a galera ia lá e… E eu fui muito conselheiro da minha turminha, dos meus amigos, né? Allan Benatti, eu lembro, o Marcão, Marcos Gonçalves, até hoje ainda não aprendeu, mas enfim… Ganha grana, mas não consegue guardar a grana, Evandro Rodrigues, que está aqui presente também, que quando começou era sem grana total e agora ganha mais grana que todos nós, que mora na casa dos pais e é solteiro até hoje… Falando dos amigos no ao vivo… Mas enfim, eu sempre fui desse que acredita que tem que guardar um pouquinho, guardar um pouquinho, para que na hora que não ter… Porque o trabalho de ator é muito, cíclico, uma hora você está bombando… Agora novembro, dezembro, eu faço muito coorporativo, vou em palestras e tal… Aí chega janeirão, vou viajar com três filhos, aí você fica zerado, menos trinta… Aí, enfim… Então é um pouco isso! Quer responder essa pergunta Murilo?


– É! Eu sou mais gaste agora, porque a vida é curta, entendeu?


– Olha…


– Mas assim, eu tenho esposa, né?


– Ai…


– Ela é mais de poupar e tal, mas eu sou meio assim de, não gasta muito, não abusa, porque assim, os meus gastos são os meus sonhos de consumo, são livros de 15 reais, entendeu?


– Sei…


– Então assim, não são coisas, relógios muito caros, são… Comprar livros, basicamente!


– Você falou de esposa, vamos aproveitar que ela está aqui, mas não aproveitar dela… Queria que você falasse…. Como é que você Dani, te definiria? Se alguém falar “Dani, não conheço… Está casada com o Murilo, né? Eu morei fora muitos anos, quem é Murilo, hein? Como é que é seu marido?”


– Ele é professor, comunicador e comediante…


– Tá, mas isso é mais pró forma, assim… Não quero saber…


– Adjetivos, né?


– É “Ah, como o Murilo é de gente, assim?”


– É… De gente?


– Você vê que ele pensa muito pra fora e pouco pra dentro, né? Viu só! Diga…


– Como assim?


– Nada… Eu fiz um momento terapêutico aqui…


– Não… Eu acho que ela diria que fica pensando em coisas toda hora, viajado ou meio, Pink e Cérebro assim, fica preocupado com a espécie humana e o planeta, sabe? Meio Pink e Cérebro, inventando as coisas demais…


– Você se identifica mais com o Pink ou mais com o Cérebro?


– O Cérebro!


– O Cérebro, né?


– É!


– Eu sei que você quer dominar o mundo…


– É! E…


– É, né? A pessoa fala “Não, não”… Eu fala “É, é”… Eu adoro o Murilo, porque o Murilo tem uma coisa de pensar muito grande, por exemplo, quando ele foi fazer…


– Isso que ela ia lhe dizer!


– Isso que ela ia dizer?


– Ela ia dizer isso!


– E para pensar em escola. Eu outro dia “Ballas, porque eu tenho uma escola já, que já é gigante”, já tem quantos alunos, a sue escola?


– 10 mil!


– 10 mil alunos online, mas assim, eu falei “Nossa, Murilo vai estacionar”, “Não Ballas, eu percebi nesse mercado de educação, tem espaço para um master big player. Então, master big player, porque assim, tem as cinco, seis faculdades, pode até entrar uma e de repente o mercado tem quantos, e são 108 mil alunos, se a gente pegar 3% disso, o mercado é grande… E aí sai e a gente vai, e pega… Se eu tiver 70%, 80, 90%, 99% do mercado aí eu estou feliz, assim… Aí eu começo um novo, atacar um novo mercado internacional”. Murilo Gun, perguntas que vieram aqui do Facebook… O que você coloca na fichinha do hotel? Eu sempre tive esse problema! Porque inicialmente, eu tinha vergonha de falar que eu era palhaço, então eu colocava “ator”, mas eu não fui ator mesmo, aí comecei a escrever palhaço e aí tinha aquela coisa que o cara olhava, tipo “Tá sacaneando, né?”, e eu “Não, não, eu sou isso aí mesmo”… Você escreve o quê? Palestrante, comediante, perdedor, filósofo, cara das ideias, ideólatra?


– Eu já botei “ator” uma epoca!


– Olha, porquê?


– Sei lá, eu nunca fui ator também não… Mas eu achava legal botar ator! Acho que é pequeno também, escreve rápido. Odeio aquela ficha! Como eu odeio aquela ficha!


– É… Essa ficha do hotel é ridícula…


– É absurda aquela ficha… Porra, o sistema único do negócio de turismo do governo tem o CPF, identifica o cara lá, não sei o quê…


– Odeio também, tem que colocar endereço, tem que escrever uma carta? Ah, Ibis, vocês vão me mandar uma carta? Vai mandar uma carta dizendo o que…


– Olha, tu lembra a vida que eu fiz, durante alguns anos…


– Vida, para você que está ouvindo, é a esposa dele…


– É! Eu fiz…


– O cara vai achar, que sou eu a vida… Aí fodeu… Ballas, agora entendi, porque você não fala dos seus filhos, tal…


– Eu peguei um papel A4 normal, daquele que vem com adesivo, sabe? Papel adesivo A4…


– Sei…


– Aí eu fui no Word e numa página botei todos os meus dados pessoais, endereço assim, 3 vezes, de modo que eu imprimia e cortava e uma A4 dava 3 negócios, do tamanho da ficha padrão do hotel, eu chegava no hotel, colava e assinava!


– Uau! Já estava pronto?


– É, porque assim, eu fazia 3, 4 hotéis por semana, muitas vezes, na comédia quando estava na pegada, e aí porra, não dá pra chegar cansado e preencher o papel, entendeu?


– Murilo Gun, qual pergunta você não aguenta mais responder? Uma pergunta que você fala “Ai, não aguento mais responder, eu toda entrevista, e que saco essa pergunta.”


– Eu acho que é criatividade, como é que é esse curso de criatividade? Eu não sei…


– Tá!


– Pergunta não é tão comum, não…


– Seguinte…


– Deixa eu responder, caralho… Direito!


– Não, só era o título da pergunta, porque você fala muito… Murilo Gun, qual que é essa história de criatividade? Brincadeira, não é pra responder, não é pra responder… Mas se quiser responder… O que que é que você queria completar alguma coisa?


– Não, não! Eu estava querendo pensar alguma outra pergunta, mas é porque criatividade, pra começar a falar de criatividade, eu sempre tenho que matar duas objeções, que é a objeção que eu chamo de “mito do dom” e “mito do artista”, “mito do artista” é que é coisa pra artista que na verdade é uma ferramenta para dar solução para problemas, então não é só artista, todo mundo tem problemas… E “mito do dom” é que é o negócio do dom especial de muitos seres humanos, na verdade, é a habilidade básica da espécie humana, todo mundo tem… E qu vai perdendo ao longo do tempo e tal, é natural… Então, sempre tem que começar por isso, porque é um assunto que, isso é uma coisa muito importante, de comunicação, você saber um pouco assim, de leitura do inconsciente coletivo das pessoas, do que elas percebem do que você fala, para que se elas perceberem algo errado você já mata a objeção antes delas levantar… Você já vai matando as objeções… É conceito de vendas, né? Você quer vender alguma coisa, você vai matar as objeções, mas também é importante para a comunicação, né? Você vai explicar uma coisa, tentar ver as dúvidas nas cabeças das pessoas… Entendeu ou não?


– Não, mas eu adorei!


– Tá bom!


– Vamos lá, mais uma pergunta, Andréia Calderon! Andréia Calderon, está ai? Andréia Calderon está aí! Andréia Calderon que veio também, faz a sua pergunta. Você lembra a sua pergunta ou você quer que eu te fale sua pergunta para você fazer?


– Eu fiz várias, então depende qual foi a escolhida, né?


– Ah, faz uma qualquer que a gente já está chegando no nosso final, uma curtinha…


– Ah, beleza! Se você já sentiu muito medo antes de se apresentar? Era um medo que ia paralisar, e o que que você fez?


– Legal!


– O que que aconteceu?


– Poxa! Eu já senti muito medo, tem uma coisa que eu falo quando eu falo sobre apresentação, né? Assim, estou preparando uma palestra nova sobre apresentação, inclusive… Chamada Improspeach, como o improviso pode te ajudar a apresentar melhor qualquer coisa… Que eu falo um pouco disso, do medo, né? Primeiro assim, até hoje eu tenho medo, eu vou fazer hoje meu solo, é o ultimo diz, eu já fiz uma temporada inteira, e eu tenho medo antes de entrar, é uma coisa que a gente convive, a diferença é que a gente aprende a trabalhar com ele. Desde o trabalho pré, isto é, antes, como é que eu me preparei para esta palestra, para esse espetáculo, para este show, então o trabalho pré, eu digo dias antes, o trabalho pré, momento antes, como eu me preparo lá no camarim, tem um episódio inteiro sobre isso, e enfim… Como é que eu entro no momento presente, no aqui agora, respondendo mais, praticamente… A primeira que me veio a cabeça, a primeira expedição que eu fui no Palhaço sem Fronteiras, que eu conto desse episódio, uma jornada, né? Como eles chamam aqui no Brasil, eu estava com muito medo, por esse motivo de ser uma coisa muito diferente de qualquer coisa que eu tinha feito, e a turma toda já tinha feito, então eu era meio cabaço, um novato da turma, eles falavam albanês, que é uma língua muito diferente, a gente estava na fronteira da Albânia com o Kosovo, era guerra do Kosovo, tinha tanque ali no meio do caminho, então… Eu não sou desses corajosos, as pessoas falam “Nossa Ballas, você é muito corajoso”, não, não, não… Eu sou o contrário, eu fiz hospital também, eu tenho medo de hospital, morro de medo de hospital… É que você entra de um outro jeito assim, então acho que o momento que eu tive mais medo foi esse do Sem Fronteiras, porque eu tive que ir num lugar diferente, numa língua diferente, com pessoas diferentes, eu era muito novo, eu nunca tinha feito realmente o espetáculo para 1000, 2000 pessoas… Então assim, eu estava assim, quase fazendo número 2 ali na hora, então nesse momento, aí que é importante a preparação… A gente se maquiou, a gente se preparou, a gente fez uma roda, que é muito comum no circo, né? A gente fez uma roda, todo mundo se olha, a gente tá junto, a gente dá a mão, a gente olha no olho um do outro, respira, faz o “AAAALEEEEEHOOOOPPP” e aí vai, e aí você ataca, e aí por sorte da de Deus, ou da deusa, deles, da nossa, a coisa aconteceu, então meio por aí…


– Quando fala de medo, barata, bicho… Eu tenho muito medo de barata, bicho!


– Barata, eu também sou desses!


– Eu acho foda, eu acho que é um bagulho que tipo assim, eu entendo que ela tem um papel no ecossistema, mas assim, voadora foi sacanagem? Não precisava ser voadora…


– Não, voadora é demais! Eu tenho pânico!


– Foi desnecessária!


– É, não… Em casa também essa regra, eu só recolho, mas eu não mato… Alguém tem que matar e eu vou de nojinho ainda, eu pego 3 papéis assim, dou um bolo assim, levo o lixo junto e faço só esse transporte dela pro lixo assim, imediato… E ainda lavo a mão, não toquei nela, mas eu lavo a mão!


– Eu acho que o lance da barata, é que a barata… Ela não respeita os seus ambientes, ela pode estar no seu sapato, entendeu? Que o rato, não vai estar no seu sapato, o rato… É difícil, numa casa assim, a não ser que seja um sítio, muito… Num prédio tem um rato, mas a barata pode entrar no seu sapato. Ela pode estar aqui agora, pode estar na sua calcinha agora… Então é foda isso, entendeu?


– Muito bom! Vou pegar mais duas perguntinhas pra gente ir finalizando… “Você gosta de Ballas de coco?” vou matar várias assim… Ballas de coco… Essa piada eu nunca ouvi, né? Em 47 anos que eu chamo Ballas, mas as pessoas ainda fazem comigo, muito obrigado… “Como foi a sua vida na escola?” Foi muito legal! “Se você comer um bicho folha, você ainda é considerado vegetariano?” Ah, engraçadinho da plateia… Quem fez essa? Sensacional! Obrigado! “Qual é o segredo para estar sempre de bom humor”, eu não estou sempre de bom humor… “Como você se sente sabendo que você ajudou os Barbixas a chegarem aonde estão”, eu me sinto muito feliz, porque eles são meus amigos, eles explodiram na internet e me deram uma ajudinha, mesmo não ganhando a grana toda que eles ganham, mas assim… Mentira, mas a gente é muito amigo, eu fico muito feliz, sou muito orgulhoso de ter trabalhado, e virou minha turminha, né?  “Todos temos medos diários, quais são os seus”, a gente falou aqui de um, baratas e… “Ser palhaço é deixar viver a criança que existe dentro de você?” SIM! “E o que seria um palíndromo?” Uma pergunta nada a ver com a outra… Nathan Nogueira, Nathan está aí? Nathan? Nathamos juntos!


– Não é um bagulho que vai pra trás pra frente, palíndromo?


– Palíndromo? Palíndromo eu acho que vai… “Socorro, eu subi num ônibus errado, em Marrocos”, ah, é! “Viver sem as mãos ou sem os pés”, Murilo Gun?


– Caralho, hein? Sem as mãos!


– Sem as mãos! “Qual personagem ou figura histórica que você gostaria de tomar um café?” Só o personagem, rápido!


– Da Vinci!


– Da Vinci! “Qual conselho para quem quer começar e não sabe onde?”, não eu vou mudar a sua pergunta! Que conselho você daria para um recém nascido? “Murilo, Murilo, fala alguma coisa, Murilo… Eu sou um recém nascido, tá? Não é que eu tô com problema, tá? O que que você… Um conselho curto assim, o que que você…


– O que eu ia dizer pra ele? Dorme, papai…


– Então vamos, ah… Vamos fazer um para a gente encerrar… Só dois curtinhos, que eu tinha separado aqui, eu separei tanta coisa e eu não fiz metade gente… Murilo, você é muito bom de entrevistar, vou fazer mais episódios com você!


– O que você faria se trabalhasse com a pessoa sempre faz cara feia para as suas sugestões, mas acaba fazendo o que você falou, mas não da melhor forma?


– Uau! Eu poderia…


– Foda isso, né?


– É! Eu mudaria de trabalho, eu acho. Eu acho que eu mudaria de trabalho!


– Tem situações assim, né? Contextos, que as pessoas contam que eu, o que que eu faria? Eu sairia dessa empresa, brother.


– É, as vezes é o jeito!


– Porra, empresa que tem um bagulho, tanta coisa escrota assim…


– E se o cara é seu irmão, esse?


– ?


– Não, nada! Você não pode sair da família… Murilo, vamos lá, vamos fazer um jogo rápido, deixa as perguntas depois a gente responde várias… Seguinte esse jogo chama, vamos ao MOMENTO IMPROVISO… Vamos fazer um jogo chamado DUPLA OPINIÃO. Eu vou pegar um assunto polêmico e você vai começar falando contra esse assunto polêmico. Contra, contra, contra… Quando tocar essa sinetinha, imediatamente você vira a favor, a favor assim, imediatamente você é a favor, quando tocar contra, a favor, contra, a favor…


– E tu, não faz nada?


– Não, depois você faz um desafio pra mim! Depois você faz um desafio pra mim! Você não faz nada é muito bom… Depois você faz um desafio pra mim, tá bom? Então, público, falem um assunto polêmico, um assunto tipo aborto, tipo…


– Homofobia!


– Homofobia! O que mais? Maconha! Legal esse assunto da maconha, vamos pegar um assunto menos polêmico tanto, que pode falar besteira e depois vai ser acusado de isso e aquilo. Murilo você vai começar contra a legalização da maconha, tocando aqui você é imediatamente a favor…


– Eu acho que, acho que a sociedade não tem maturidade pra ter como legalizado uma substância como essa, porque, eles não têm maturidade de lidar com a alteração de consciência que esse produto proporciona (PLIM) Mas o que ele proporciona são combinações criativas, e através das combinações criativas pode se resolver problemas da humanidade, talvez a maconha veio aqui pra acabar (PLIM) Com tudo que já está de errado no Brasil, de comércio ilegal, então a gente precisa (PLIM) Então por isso que eu gosto de maconha, porque eu acho que é um negócio velho, que vai trazer impostos para o Brasil (PLIM) E é imposto que as pessoas tenham que consumir alcool (agora eu tô contra ou a favor, agora? Eu esqueci, já! Estou contra) então é…


– Mais rápido agora os argumentos!


– Contra! Contra é difícil rapaz… Contra é difícil!


– Sensacional! Murilo Gun, quer fazer algum desafio, algum jogo, alguma coisa?


– Qual é o assunto aí, polêmico pra ele fazer?


– Vamos pensar outro jogo pra gente mudar a variação…


– Outro jogo, tá bom…


– Qual outro jogo de improviso que você queira que eu faça…


– Eu não conheço. Eu gosto de ABC…


– ABC…


– Que tu conta as histórias…


– Tá bom, vamos fazer o ABC?


– ABC ao contrário?


– Pode ser!


– Tu começa do W?


– Pode ser… Eu começaria do Z, né? Que você está falando?


– Do Z!


– Alguém que pega pra gente o alfabeto ao contrário, Caique pode ser você? Escreve numa folha de A a Z e vai ticando quando eu falo as letras, tá bom? Fala uma menina com um nome, qual seu nome amiga, você aqui na frente?


– Amanda!


– Amanda! E qual seu nome, um menino… Você aí no fundo, de óculos, como é seu nome?


– Anderson!


– Amanda e Anderson, legal! Vamos fazer uma conversa entre dois amigos, Amanda e Anderson… E o tema, vamos fazer um tema bem próximo, BallasCast mesmo, podemos fazer esse tema Murilo, te apetece?


– Tema podcast…


– Tema podcast, tá bom! Então, vamos lá, vai ticando as letras, de Z a A, vamos ver se dá certo! Se não der, se eu pular uma letra você dá um berro aí, Caique, tá? Você sabe o abecedário, A, B, C, D, E, F, G, H, I, J… Ele está perguntando pra amiga… Então contagem regressiva…


– 3!


– 2!


– 1!


– Zeus! Zeus! Zeus! Eu preciso te contar uma coisa, Amanda? Você não sabe o que eu assisti, quer saber?


– Yes! Yes! Quero muito saber, o que que você assistiu?


– Xotecontá (xo com x), xotecontá, eu ouvi um negócio chamado podcast…


– Uau! Wonderfull! Wonderfull, mas assim, me conta um pouquinho mais sobre isso aí…


– Você não vai acreditar, sabe aquele Marcio Ballas? O grandão com as trancinhas?


– Um grandão com as trancinhas?


– Tu não vai acreditar, ele tem um podcast que ele fala várias coisas muito legal… Juro!


– Sério? Sério mesmo? Mas como assim, eu não sei direito o que é podcast, é uma coisa rápida, devagar?


– Rápida! É uma coisa rápida, são episódio de até 12 minutos, e se você quiser eu até te passo por WhatsApp.


– Quero! Quero super! Você me manda? Você me manda quando?


– Putz grilo, agora eu não posso que eu tô aqui no trampo, eu tô aqui no trampo e agora eu não consigo…


– Olha só, a gente podia combinar de tomar um chopp, pode ser?


– Não! Não posso, não! Aí eu te mando e você ouve… Sabe o nome do cara, né?


– Marcio Ballas, né? M, Marcio Ballas... Sim, sim, claro. Manda pra mim que eu vou ouvir já, imediatamente…


– Legal, aí vai!


(Ele digitando, e eu pensando)


– E aí, ouviu? Gostou?


– Kkkkkk. Adorei, com K ainda, muito engraçado, é muito bom! Eu vou começar a ouvir toda semana!


– Já! Eu ouço toda semana, já eu ouço toda semana! Exatamente, é o que eu faço, sabe?


– Infelizmente eu vou ter que parar esse papo nosso aqui, porque eu preciso ir embora agora, tá bom? Depois a gente se fala, a gente pode até combinar de ir pra Viçosa, combinar ir pra algum lugar legal, super bacana, tá?


– Hoje é um dia muito especial, sabe? Eu queria te convidar pra sair só nós dois.


– Garoto, garoto, garoto! Você sabe que eu acabei de ficar solteira… Isso é um xaveco, o que que você quer fazer comigo?


– Fuck… Fuck… Fuck… Fuck…Fazer amor eu quis dizer… Fazer amor…


– Eu… Eu estava pensando nisso também, sabia?


– Demorô gata! Aonde a gente pode se encontrar?


– Cai aqui na minha casa, cai aqui que eu estou te esperando…


– Baby, eu já chego aí! Qual que é o seu nome!


– Amanda… Amanda… A manda a ver!


(PALMAS)


– Sensacional, senhoras e senhores! Então sendo assim, a gente vai terminando esse episódio que é o episódio comemorativo de nº 100… Faz barulho! Murilo Gun, muitíssimo obrigado!


Muito bem, muito bem, muito bem chegamos ao final de mais um episódio (AAAHHH), mas na segunda feira que vem tem mais (EEEHHH).


E se você ainda não entrou no grupo do Facebook, que é o BallasCast… Você pode entrar lá, entra, pede sua aprovação que eu te aprovo. Eu queria dizer que eu estou muito feliz de fazer esse podcast aqui, queria lembrar do Emerson que faz as transcrições, todo pessoal que fez a produção aqui, Paulo Pedroso, Tati Souza, todos os câmeras man, todo o pessoal do Teatro Eva Herz, André, Edu, e toda a galera que trabalha na equipe, Igor, Meia, todo mundo que fez essa filmagem acontecer, nossos amigos improvisadores que estão aqui presente, Evandro, Bela, Cintia Portela, Gabriel, Lucas e todos vocês dessa plateia, uma salva de palmas pra vocês…


E sendo assim, vamos ao nosso momento merchand…


“Murilo Gun, como é que eu consigo acompanhar o seu trabalho saber das suas coisas, eu quero ser mais criativa na minha vida, mas eu não consigo”


Curso online reaprendizagem criativa…


www…………………….


Não jogue esse panfleto em via pública!


 


É isso aí


Muito obrigado por ter acompanhado tudo… Por ter feito tudo! Por ter estado aqui presente…


A plateia de hoje…


Thank you ladies and gentlemans…


And now…


Hguiroelsx,mcnf


Vghrielsx,cmnvf][vghruiels


Lfjhgnvfmdkieur


Bye bye!